Notificação de casos de doença de Lyme

Solicito à Vigilância Epidemiológica dados sobre notificação e casos confirmados da doença de Lyme de pessoas residentes em Mogi das Cruzes no período de 2013 a 2023, ou maior série histórica possível. Solicito também dados sobre controle de infestação do carrapato -vetor da doença, locais de incidência já registrados e plano de intervenção em casos de confirmação.

Pedido enviado para: Prefeitura de Mogi das Cruzes
Nível federativo: Municipal
SP / Mogi das Cruzes

  • Pedido disponibilizado por: Jamile Santana
  • Pedido LAI realizado em: 14/07/2023
Atendido (Não verificado)
  • Resposta:
  • Atendido

Resposta do órgão público

  • Por: Jamile Santana
  • Em: 14/07/2023

À
Secretaria Municipal de Saúde
Em atenção ao solicitado em Pedido de e-SIC 305/2023 via sistema 1DOC à Prefeitura
de Mogi das Cruzes, a Divisão de Vigilância Epidemiológica esclarece:
Das notificações e casos confirmados de doença de Lyme de pessoas residentes em
Mogi das Cruzes no período de 2013 a 2023:
2013: Não houve notificações.
2014: 01 notificação, caso descartado.
2015: 01 notificação, caso descartado.
2016: Não houve notificações.
2017: Não houve notificações.
2018: Não houve notificações.
2019: Não houve notificações.
2020: Não houve notificações.
2021: Não houve notificações.
2022: 01 notificação, descartado.
2023: Não houve notificações.
Dos dados sobre controle de infestação do carrapato-vetor da doença, locais de
incidência já registrados e plano de intervenção em casos de confirmação:
Primeiramente, esclarecemos que a Doença de Lyme é frequente em países do
hemisfério norte, e não ocorre no Brasil sob as mesmas condições e características epidemiológicas.
No Brasil trata-se de uma síndrome denominada Síndrome Baggio-Yoshinari (ou Doença de Lymesimile). Trata-se de uma doença emergente que se assemelha à Doença de Lyme, mas que difere
contudo, quanto à epidemiologia e eventos imunológicos. Os casos suspeitos notificados à Secretaria
de Saúde de Mogi das Cruzes não foram confirmados pela Secretaria de Estado da Saúde, por não
obedecerem a todos os vínculos e critérios de diagnóstico. Os casos foram amplamente debatidos
entre a equipe técnica e submetidos à avaliação do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE-SP)
que embasa tecnicamente a negatividade dos testes e endossa que não temos áreas endêmicas para
Lyme no Estado de São Paulo.
Esclarecido o ponto acima, com relação à Sindrome Baggio-Yoshinari (ou Doença
de Lyme Simile), diferenças e inespecificidades em técnicas diagnósticas, em referências
imunológicas, em vetores e ciclo epidemiológico faz com que não existam medidas de vigilância ou
ações de saúde pública a serem implementadas.
No que tange à Febre Maculosa Brasileira, o Centro de Controle de Zoonoses mantém
um Programa de Vigilância e Controle desde 2005 no qual são realizados trabalhos de vigilância e
monitoramento acarológico (de infestação de carrapatos), estudos laboratoriais em animais para a
detecção da bactéria causadora da FMB (Rickettsia rickettsii) e o mapeamento de áreas de risco. Os
parques públicos e grande parte das áreas rurais estão inseridos em áreas de proteção ambiental, onde
PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES SECRETARIA DE SAÚDE
Rua Manuel de Oliveira, 30, 1º andar, Vila Mogilar, Mogi das Cruzes – SP •Telefone (11) 4798-6768 •
e-mail: [email protected] rnu
existem capivaras e outros animais silvestres, protegidos pela legislação ambiental. Estas áreas
integram o programa como áreas de monitoramento e avaliação. Contudo, considerando o risco de
mudanças nos cenários epidemiológicos, frequentes com a migração de animais silvestres, a
Prefeitura, através das Secretarias de Saúde e Meio Ambiente, promoverão ações de educação e
comunicação à população com o objetivo de prevenção à exposição ao parasitismo de carrapatos.
Atenciosamente,
Divisão de Vigilância Epidemiológica
Mogi das Cruzes, 12 de julho de 2023.


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